sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

LIVROS INFANTIS PARA BAIXAR GRÁTIS

                             


  1. Diogo e Olívia - Durante as férias, dois amigos descobrem, um com o outro, os hábitos da vida saudável, como comer melhor, a importância dos exercícios físicos e os horários ideais para fazê-los, como cuidar da pele, etc. No livro de atividades, as crianças, além de aprender sobre o tema, também podem colorir as ilustrações.
  2. A felicidade das borboletas - Marcela é uma menina especial que a cada dia desenvolve novas habilidades. Ela é cega, mas explica como é enxergar a felicidade com o coração.
  3. Grande dia - Rodrigo é um garoto especial. É um cadeirante, mas isso não o impede de participar do jogo de futebol.
  4. João, presta atenção! - O pequeno João descobre que tem dislexia. Todos os seus amigos e familiares vão ajudá-lo, fazendo com que se sinta capaz de fazer muitas coisas.
  5. Juliana pra lá de bacana! - Este livro nasce de um pedido de uma poetisa de 13 anos, paciente do Hospital Infantil Boldrini. Juliana era uma menina sensível e muito feliz, apesar das privações que a doença lhe causava. Através de sua poesia, muitas crianças e adultos podem aprender a valorizar as coisas simples da vida.
  6. A voz da estrela - Uma história nascida de uma parceria entre a Fundação Educar e a Associação Viva Cazuza, que fala sobre o preconceito e a falta de informação sobre a aids e como isso pode comprometer o desenvolvimento e a felicidade de uma criança.
  7. Casa Amarela - O livro conta a história de uma família que reside numa casa amarela e tem um filho chamado Cauã. Os pais do garoto vivem tristes e angustiados, pois o filho tem dificuldade em se comunicar com eles e com o mundo. Até que um dia, na escola de Cauã, um mímico se apresenta e a professora percebe a interação do menino com ele. Como esta história vai mudar?
  8. Um menino genial - Aceitar as diferenças com muito amor é uma das mensagens retratadas no livro Um menino genial, da autora Keyla Ferrari. Trata-se de uma história que pode acontecer com qualquer família. Maria Clara, uma menina de 11 anos, sonhava em ter um irmãozinho. Um dia, finalmente, seu desejo é realizado e nasce Artur, um menino muito especial. O livro procura mostrar que somos todos diferentes e, por isso, não devemos ter preconceitos e julgar, criticar ou discriminar alguém por ser diferente das outras pessoas.
  9. Bicho carpinteiro - Rafael tem muita energia para brincar e não consegue ficar parado nem um minuto. A escola, os pais e alguns profissionais ajudam o menino a descobrir na Arte, um modo de extravasar toda a criatividade e a se desenvolver. O talento dele agrada muita gente e nos ensina algumas lições.
Fonte: http://www.educardpaschoal.org.br/

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A LENDA DO DIA E DA NOITE

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Brinquedos e Brincadeiras dos Índios Brasileiros

BRINCAR E MAIS QUE APRENDER

Brincar é mais que aprender

A brincadeira é uma experiência essencial, um modo de decidir como percorrer a própria vida com responsabilidade

Lino de Macedo (novaescola@fvc.org.br)
Foto: Karine Basilio
Lino de Macedo | Brincar é mais que aprender, é uma experiência essencial, um modo de decidir como percorrer a própria vida com responsabilidade Foto: Karine Basilio
Para as crianças, o brincar e o jogar são modos de aprender e se desenvolver. Não importa que não saibam disso. Ao fazer essas atividades, elas vivem experiências fundamentais. Daí porque se interessam em repeti-las e representá-las até criarem ou aceitarem regras que possibilitem compartilhar com colegas e brincar e jogar em espaços e tempos combinados.
Por que jogar e brincar pede a repetição? Esses desafios encantam pelo prazer funcional de sua realização. Mesmo que se cansem, as crianças querem (esperam) continuar jogando e brincando. Há um afeto perceptivo, ou seja, algo que agrada ao corpo e ao pensamento. Até o medo e a dor ficam suportáveis, interessantes, porque fazem sentido. Por isso, trata-se de uma experiência que pede repetição por tudo aquilo que representa ou mobiliza. Graças a isso, aprendemos a identificar informações ou qualidades nas coisas ou em nós mesmos - para reconhecer coisas agradáveis e desagradáveis e, assim, variar as experiências e combiná-las das mais variadas formas.

Por que jogar e brincar são formas de representação? Uma das conseqüências maravilhosas, nesse contexto de repetir, variar, recombinar e inventar, é poder criar representações. Quando brincam de casinha, as crianças vivem a experiência de reconstruir o cotidiano e simbolizar a vida. Graças a isso, podem suportar ou compreender os tempos que a mãe, por exemplo, fica longe delas. Representar, mesmo num contexto de faz-de-conta, supõe envolvimento. O representado não está fisicamente aqui, mas simbolicamente sim. Envolver-se é relacionar-se com as coisas de muitos modos. E inventar situações mediadas por pensamentos e histórias construídos na brincadeira. É estar entre, fora, longe, perto, acima, abaixo, é construir simbolicamente um modo de imitar, jogar, sonhar, comunicar e falar com o mundo, inventando uma história nos limites das possibilidades e necessidades.

No primeiro ano de vida, a criança aprende a distinguir entre um sugar que alimenta (o seio) e um sugar que não alimenta (no vazio ou aplicado a um objeto). Graças a isso, pode continuar sugando pelo prazer. A partir do segundo ano, ela aprende a representar, a substituir as coisas pelos sons ou gestos que lhes correspondem. Mas, igualmente, aprende a usar as representações para simbolizar, isto é, recriar a seu modo as coisas e pessoas que lhe são caras. Aprende a jogar ou brincar com a realidade, para representá-la. No processo de desenvolvimento, essas transformações separam sua vida em antes e depois.

Por que jogar e brincar pede formas organizadas de expressão? Para repetir e fazer de conta basta uma pessoa. Mas, ao se desenvolver, a criança não quer só brincar de - ela quer brincar com. Jogos sempre foram experiências de troca. Daí a importância de estabelecer contratos, fixar limites de espaço e tempo, definir objetivos. Realizar um percurso é uma das brincadeiras preferidas das crianças. Mesmo que não saibam, elas estão representando e se preparando para repetir outro percurso que nos foi concedido ao nascer. Percorrer a vida é a tarefa, o problema ou o desejo de todos nós. Não escolhemos a vida, mas devemos escolher os modos de vivê-la. O caminho percorrido não volta. O caminho a percorrer deve ser decidido aqui e agora. Nos jogos, é possível repetir e criar regras, errar e começar de novo. Graças a isso, o outro percurso ganha sentido e passa a ser vivido com mais liberdade e responsabilidade.


Lino de Macedo é professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo